"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é possível fazer sentido.
Eu não: Quero uma verdade inventada..."
Clarice Lispector
domingo, 3 de outubro de 2010
Primaveras
A primeira vez que nossos olhares se cruzaram, percebi que algo diferente havia acontecido comigo.Uma sensação de encontrar o que se buscava, não há explicação exata para tal certeza.
Sei que tu és a pessoa que sempre sonhei encontrar; meu universo era solitário; eu precisava encontrar uma luz para dar vida aos meus sentimentos; tu tens o conteúdo necessário para sufocar a minha solidão; é um tanto infantil confessar que tu proporcionou uma alegria diferente em meu coração e tal situação é impossível negar.
Teu olhar me fez sentir a grandeza de tua alma; fiquei atordoada com tamanha grandeza, sei que há algo estranho em admitir que eu já te esperava há muito tempo, eu te imaginava e sonhava.
É muito verdadeiro o que senti e estou sentindo neste momento ao perceber a tua presença e olhar tua alma com os olhos de menino, conclui que sempre te amei antes mesmo de nos encontrarmos...
Autor Desconhecido
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Primeiros erros
Meu caminho é cada manhã
Não procure saber onde vou
Meu destino não é de ninguém
Eu não deixo os meus passos no chão
Se você não entende, não vê
Se não me vê, não entende
Não procure saber onde estou
Se o meu jeito te surpreende
Se o meu corpo virasse sol
Minha mente virasse sol
Mas só chove e chove
Chove e chove
Se um dia eu pudesse ver
Meu passado inteiro
E fizesse parar chover
Nos primeiros erros
O meu corpo viraria sol
Minha mente viraria
Mas só chove e chove
Chove e chove
Composição: Kiko Zambianchi
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Certas coisas
Não existiria som
Se não houvesse o silêncio
Não haveria luz
Se não fosse a escuridão
A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...
Cada voz que canta o amor não diz
Tudo o que quer dizer,
Tudo o que cala fala
Mais alto ao coração.
Silenciosamente eu te falo com paixão...
Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz.
Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer...
A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...
Cada voz que canta o amor não diz
Tudo o que quer dizer,
Tudo o que cala fala
Mais alto ao coração.
Silenciosamente eu te falo com paixão...
Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz,
Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer...
Composição: Lulu Santos / Nelson Motta
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Ando devagar
Ando devagar porque já tive pressa
e levo esse sorriso, porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei, eu nada sei
Conhecer as manhas e as manhãs,
o sabor das massas e das maçãs,
é preciso amor pra poder pulsar,
é preciso paz pra poder sorrir,
é preciso a chuva para florir.
Penso que cumprir a vida seja simplesmente
compreender a marcha, e ir tocando em frente
como um velho boiadeiro levando a boiada,
eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou,
de estrada eu sou
Conhecer as manhas e as manhãs,
o sabor das massas e das maçãs,
é preciso amor pra poder pulsar,
é preciso paz pra poder sorrir,
é preciso a chuva para florir
Todo mundo ama um dia, todo mundo chora,
Um dia a gente chega, no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história,
e cada ser em si carrega o dom de ser capaz,
e ser feliz
Conhecer as manhas e as manhãs,
o sabor das massas e das maçãs,
é preciso amor pra poder pulsar,
é preciso paz pra poder sorrir,
é preciso a chuva para florir
Ando devagar porque já tive pressa
e levo esse sorriso porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história,
e cada ser em si carrega o dom de ser capaz,
e ser feliz.
Zé Ramalho
sábado, 14 de agosto de 2010
Entre a serpente e a estrela
Há um brilho de faca
Onde o amor vier
E ninguém tem o mapa
Da alma da mulher...
Ninguém sai
Com o coração sem sangrar
Ao tentar revelar
Um ser maravilhoso
Entre a Serpente
E a Estrela...
Um grande amor do passado
Se transforma em aversão
E os dois lado a lado
Corroem o coração...
Não existe saudade
Mais cortante
Que a de um
Grande amor ausente
Dura feito um diamante
Corta a ilusão da gente...
Toco a vida prá frente
Fingindo não sofrer
Mas o peito dormente
Espera um bem querer
E sei que não será surpresa
Se o futuro me trouxer
O passado de volta
Num semblante de mulher
O passado de volta
Num semblante de mulher...
Zé Ramalho
Composição: Paul Fraser / Terry Stafford
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
domingo, 1 de agosto de 2010
Anunciação
Na bruma leve das paixões
Que vêm de dentro
Tu vens chegando
Prá brincar no meu quintal
No teu cavalo
Peito nu, cabelo ao vento
E o sol quarando
Nossas roupas no varal...
Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais
Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais...
A voz do anjo
Sussurrou no meu ouvido
Eu não duvido
Já escuto os teus sinais
Que tu virias
Numa manhã de domingo
Eu te anuncio
Nos sinos das catedrais...
Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais
Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais...
Ah! ah! ah! ah! ah! ah!
Ah! ah! ah! ah! ah! ah!...
Na bruma leve das paixões
Que vem de dentro
Tu vens chegando
Prá brincar no meu quintal
No teu cavalo
Peito nu, cabelo ao vento
E o sol quarando
Nossas roupas no varal...
Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais
Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais...
A voz do anjo
Sussurrou no meu ouvido
Eu não duvido
Já escuto os teus sinais
Que tu virias
Numa manhã de domingo
Eu te anuncio
Nos sinos das catedrais...
Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais
Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais...
Alceu Valença
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Definitivo
Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento,perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...
Carlos Drummond de Andrade
terça-feira, 27 de julho de 2010
Saber Viver
Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar
Cora Coralina
domingo, 25 de julho de 2010
segunda-feira, 19 de julho de 2010
domingo, 18 de julho de 2010
Faltando um Pedaço
Composição: Djavan
O amor é um grande laço, um passo pr'uma armadilha
Um lobo correndo em círculos pra alimentar a matilha
Comparo sua chegada com a fuga de uma ilha:
Tanto engorda quanto mata feito desgosto de filha
O amor é como um raio galopando em desafio
Abre fendas cobre vales, revolta as águas dos rios
Quem tentar seguir seu rastro se perderá no caminho
Na pureza de um limão ou na solidão do espinho
O amor e a agonia cerraram fogo no espaço
Brigando horas a fio, o cio vence o cansaço
E o coração de quem ama fica faltando um pedaço
Que nem a lua minguando, que nem o meu nos seus braços
sábado, 17 de julho de 2010
Dá medo...
Das incertezas do dia seguinte
Do viver sem sentido, sem razão
Da monotomia das noites vazias
Sem esperança ou motivação
Dá medo
De perder as palavras totalmente
E romantismo nelas não mais haver
Dos pensamentos não te alcançarem
E dos meus olhos você esquecer
Dá medo
De não achar refúgio nas tempestades
E nas revoltas ondas do mar dolente
Sofrer a angustia torpe de perceber
O frio cortante do seu olhar ausente
Dá medo
De sufocado e envolvido pela culpa
O amor ser varrido totalmente
E nossos sonhos serem todos banidos
E levado de nós pelo vento quente
Dá medo
De nossas almas fadadas ao exílio
Em cem, mil dias de solidão
De lágrimas vertidas, inutilmente
De sentir frio e vazio no coração
Dá medo
De no limiar de minha vida concluir
Que o anoitecer esperado foi esquecido
Que a porta sempre aberta, não existiu
De suas madrugadas, eu nunca ter existido
Dá medo sim...
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.
Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela...
Um dia nós percebemos que as mulheres têm instinto "caçador" e fazem qualquer homem sofrer ...
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como "bonzinho" não é bom...
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você...
Um dia saberemos a importância da frase: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..."
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso...
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais...
Enfim...
Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer o que tem de ser dito...
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras...
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.
Mário Quintana
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Gentileza
Marisa Monte
Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
A palavra no muro
Ficou coberta de tinta
Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
Só ficou no muro
Tristeza e tinta fresca
Nós que passamos apressados
Pelas ruas da cidade
Merecemos ler as letras
E as palavras de Gentileza
Por isso eu pergunto
À você no mundo
Se é mais inteligente
O livro ou a sabedoria
O mundo é uma escola
A vida é o circo
Amor palavra que liberta
Já dizia o Profeta
terça-feira, 13 de julho de 2010
Amor Maior
Composição: Rogério Flausino
Eu quero ficar só
Mas comigo só
Eu não consigo
Eu quero ficar junto
Mas sozinho só
Não é possível...
É preciso amar direito
Um amor de qualquer jeito
Ser amor a qualquer hora
Ser amor de corpo inteiro
Amor de dentro prá fora
Amor que eu desconheço...
Quero um amor maior
Um amor maior que eu
Quero um amor maior, yeah!
Um amor maior que eu...
Eu quero ficar só
Mas comigo só
Eu não consigo
Eu quero ficar junto
Mas sozinho assim
Não é possível...
É preciso amar direito
Um amor de qualquer jeito
Ser amor a qualquer hora
Ser amor de corpo inteiro
Um amor de dentro prá fora
Um amor que eu desconheço...
Quero um amor maior
Um amor maior que eu
(Que eeeeeu!)
Quero um amor maior, yeah!
Um amor maior que eu
Yeah! Yeah! Yeah!...
Então seguirei
Meu coração até o fim
Prá saber se é amor
Magoarei mesmo assim
Mesmo sem querer
Prá saber se é amor
Eu estarei mais feliz
Mesmo morrendo de dor, yeah!
Prá saber se é amor
Se é amor
Wooou!
Quero um amor maior, yeah!
Um amor maior que eu
(Que eeeeeu!)
Quero um amor maior, yeah!
Um amor maior que eu
Um amor maior que eeeeeu, Yeah!
Maior que eu
Um amor maior que eu
Maior que eu
Um amor maior que eu...!
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Tempo Perdido
Composição: Renato Russo
Todos os dias quando acordo
Não tenho mais
O tempo que passou
Mas tenho muito tempo
Temos todo o tempo do mundo...
Todos os dias
Antes de dormir
Lembro e esqueço
Como foi o dia
Sempre em frente
Não temos tempo a perder...
Nosso suor sagrado
É bem mais belo
Que esse sangue amargo
E tão sério
E Selvagem! Selvagem!
Selvagem!...
Veja o sol
Dessa manhã tão cinza
A tempestade que chega
É da cor dos teus olhos
Castanhos...
Então me abraça forte
E diz mais uma vez
Que já estamos
Distantes de tudo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo...
Não tenho medo do escuro
Mas deixe as luzes
Acesas agora
O que foi escondido
É o que se escondeu
E o que foi prometido
Ninguém prometeu
Nem foi tempo perdido
Somos tão jovens...
Tão Jovens! Tão Jovens!...
domingo, 11 de julho de 2010
sábado, 10 de julho de 2010
Tudo passa ...
sexta-feira, 9 de julho de 2010
domingo, 4 de julho de 2010
Saber Amar...
A crueldade de que se é capaz
Deixar pra trás os corações partidos
Contra as armas do ciúme tão mortais
A submissão às vezes é um abrigo
Saber amar
Saber deixar alguém te amar
Há quem não veja a onda onde ela está
E nada contra o rio
Todas as formas de se controlar alguém
Só trazem um amor vazio
Saber amar
Saber deixar alguém te amar
O amor te escapa entre os dedos
E o tempo escorre pelas mãos
O sol já vai se pôr no mar
Saber amar
Saber deixar alguém te amar
Há quem não veja a onda onde ela está
E nada contra o rio
Todas as formas de se controlar alguém
Só trazem um amor vazio
Saber amar
É saber deixar alguém te amar
Composição: Hebert Viana
sexta-feira, 2 de julho de 2010
terça-feira, 29 de junho de 2010
segunda-feira, 28 de junho de 2010
domingo, 27 de junho de 2010
Tem dias...
Tem dias em que me perco em meus enigmas.
Quando consigo contrafazer imensa lacuna
Aturdida vou rabiscando versos sem rimas
Sentimentos peregrinam em densa bruma
Para o oculto do que sinto, sou rota medida.
Sou esfinge nebulosa, sem definição precisa.
Nem as estrelas conseguem indicar a saída
Desse labirinto de interrogações concisas
As certezas pousam ao relento na madrugada
Na oponente palidez dos meus subterfúgios
Exausta de me esquivar nos atalhos da estrada
Esquadrinho atalhos nos atemporais refúgios
À procura de mim saio num nômade mergulho
Não me vejo, mas em sedenta busca, me procuro.
Glória Salles
terça-feira, 22 de junho de 2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Sonho Impossível
Maria Bethânia
Sonhar mais um sonho impossível
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender
Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite provável
Tocar o inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar este mundo, cravar este chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã se esse chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu
Delirar e morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Caçador de mim
Por tanto amor
Por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz
Manso ou feroz
Eu caçador de mim
Preso a canções
Entregue a paixões
Que nunca tiveram fim
Vou me encontrar
Longe do meu lugar
Eu, caçador de mim
Nada a temer senão o correr da luta
Nada a fazer senão esquecer o medo
Abrir o peito a força, numa procura
Fugir às armadilhas da mata escura
Longe se vai
Sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir
O que me faz sentir
Eu, caçador de mim
Composição: Luís Carlos Sá e Sérgio Magrão
terça-feira, 15 de junho de 2010
sábado, 12 de junho de 2010
Amores vão e vem...
Amores vão e vem,
O vento carrega sentimentos
E traz grandes surpresas.
Amores vão e vem,
Sem que precise de nossas forças.
Amores voam no infinito,
Se perdem no horizonte
Desaparecem em sonhos.
Amores vão e vem,
Essa é a certeza
De que uma tempestade de solidão
Se acalma,
E a alegria renasça
Nos mais frágeis corações.
Amores vão e vem,
Por mais que lute contra
Levam lembranças
Deixam marcas.
Amores...
Grandes amores...
Sentimentos que vão e vem,
E nesse balanço
O coração aprende a lidar com o amor
E a aceitar que
Amores vão e vem...
domingo, 6 de junho de 2010
Cantinho Escondido
Dentro de cada pessoa
tem um cantinho escondido
Decorado de saudade
um lugar pro coracão pousar
um endereço que frequente sem morar
ali na esquina do sonho com a razão
no centro do peito, no largo da ilusão
Coração não tem barreira não
desce a ladeira, perde o freio devagar
eu quero ver cachoeira desabar
montanha roleta russa felicidade
posso me perder pela cidade
fazer o circo pegar fogo de verdade
mas tenho meu canto cativo pra voltar
Eu posso até mudar
mas onde quer que eu vá
o meu cantinho há de ir
dentro
Arnaldo Antunes
domingo, 30 de maio de 2010
domingo, 23 de maio de 2010
Acordei pensando assim...
Reinventar minhas horas
Recolorir os dias que nascem pra mim
Me desfazer do que não é mais meu
Trazer minha alma de volta
Amar a mim mesma loucamente
Me despedir das possibilidades que fantasio
E das expectativas frustradas
Sonhar outros sonhos
Que não estes que ficaram pra trás
Fazer das evidentes verdades
De agora
O recomeço de outras certezas
De outros momentos felizes
Que hão de existir de agora em diante...
É assim que tem que ser...
Lai Paiva
sábado, 22 de maio de 2010
Ai, quem me dera
Ai quem me dera, terminasse a espera
E retornasse o canto simples e sem fim...
E ouvindo o canto se chorasse tanto
Que do mundo o pranto se estancasse enfim
Ai quem me dera percorrer estrelas
Ter nascido anjo e ver brotar a flor
Ai quem me dera uma manhã feliz
Ai quem me dera uma estação de amor
Ah! Se as pessoas se tornassem boas
E cantassem loas e tivessem paz
E pelas ruas se abraçassem nuas
E duas a duas fossem ser casais
Ai quem me dera ao som de madrigais
Ver todo mundo para sempre afins
E a liberdade nunca ser demais
E não haver mais solidão ruim
Ai quem me dera ouvir o nunca mais
Dizer que a vida vai ser sempre assim
E finda a espera ouvir na primavera
Alguem chamar por mim...
Vinícius de Moraes
quarta-feira, 19 de maio de 2010
É o que me interessa
Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem.
Quem vai virar o jogo
E transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado
Só de quem me interessa.
Às vezes é um instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto e é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou
Me traz o seu sossego
Atrasa o meu relógio
Acalma a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussurra em meu ouvido
Só o que me interessa.
A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa.
Lenine
domingo, 16 de maio de 2010
Ponto de luz
Enquanto houver estrelas
A brilhar na minha estrada
Pulsará um coração novo
Atrás de um velho sonho
Que o tempo não levou
Que a força das tormentas não matou
Enquanto tocar no ar
A música da paisagem
Viverão os anjos poetas
Luzes e mistérios
Rompendo as fronteiras
De um coração sangrando que se fechou
Matando a sede na correnteza da vida
Regando de amor cada despedida
Amanheceu e é preciso seguir em frente
Há um mundo esperando a gente
Não tem saìda
Vander Lee
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